domingo, 31 de julho de 2016

Pedal em Homenagem A Emerson Camargo

Sem palavras pra escrever este post. No último dia 24/07 perdemos um amigo. O Emerson Camargo foi atingido por um carro com um condutor alcoolizado enquanto treinava. Vindo a falecer ao dar entrada no hospital. No dia fizemos um bonde de 50 ciclistas e fomos até Garuva onde ele morava pra prestar nossos condolências a família na cerimônia fúnebre. Durante a semana os ciclistas de Joinville e Garuva se mobilizaram pra fazer um grande pedal até o local do acidente em Pirabeiraba. E hoje 31/07 reunimos quase 400 ciclistas para pedir mais responsabilidade por parte dos motoristas, e mais rigor nas leis por parte dos governantes. Próximo ao local foi instalado uma Ghost Bike e plantada uma cruz. 















Foto que tirei com o Emerson em março num pedal em Garuva.

Sabemos que nossa palavra é vã para afanar a tristeza no coração dos amigos e familiares, mas rogamos a Deus, que na sua infinita bondade e misericórdia possa conforta-los e trazer alegria plena em suas vidas. 

Grande abraço.

quarta-feira, 27 de julho de 2016

Quiriri com Pedal sem Rotina

Sábado de sol aluguei um caminhão.. opa pera... vou recomeçar. Sábado de sol e o Cemim do Pedal sem Rotina fez o convite de pedal pra uma das regiões mais legais de Joinville, a galera saiu do Pórtico, 70 ciclistas. Eu resolvi cortar caminho, já que passariam perto de casa, economizei 6 km. Seguimos para o Quiriri, pra curtir o verde, a mata, os rios e as montanhas ao redor. Um lugar especial com pessoas especiais.






A Equipe Jedbike não poderia ficar de fora e enviou alguns representantes.




A dona Andreza acompanhou um trecho de carro para que as crianças vissem o papai pedalando. Fizemos a volta do Quiriri passando por pontes de madeira e de concreto, por morros e planícies. O Quiriri que na língua indígena significa "silêncio", estava bem barulhento, as risadas dos alegres ciclistas e o barulho das bikes traziam mais vida ao local. Se não fosse a baixa temperatura a galera iria liberar essa energia em um bom banho de rio.


 O professor Cemim conduzindo a galera.




Durante o pedal conversamos com os amigos, reencontramos outros sumidos que inexplicavelmente aparecem nos belos dias de sol e ainda conhecemos outros. É diversão garantida ou seu mal humor de volta, como ninguém quer ser chato, optamos pelo bom humor. E claro sempre aquela zoação de alguma história ocorrida em outros pedais. 







No final da estrada tem um elevação que nos privilegia com a visão do vale, esta região já nas terras de Garuva, se estende as montanhas ao redor e a linda vista da cachoeira do Quiriri. 







Descemos os morros retornando a Joinville, fazendo a volta do Quiriri, a fome estava pegando geral. a galera foi logo providenciando o local de sua preferência pra fazer um lanche, tinha uma pastelaria na estrada que servia quatro opções de pastel. Para aqueles de gosto não muito refinados, até que o local serviu bem, já outros com paladares mais apurados resolveram seguir até a Pastelaria Rio da Prata, a pastelaria dos ciclistas da região. Como o local estava muito cheio e o tempo de espera é grande, resolvi seguir pra casa. O Canela e o Fernandão me acompanharam, passei na padoca e levei uma duzia de pães. Sorte a minha que não estavam com muita fome. A gente não pedala nada, mas come que é uma maravilha.


Terminei meu pedal com 67 km de pura diversão. E grato pelo convite do Pedal sem Rotina. 

Abraços e até a próxima aventura.

terça-feira, 19 de julho de 2016

Pedal Festival de Inverno Campo Alegre

Domingão com temperaturas perto de zero e sensações térmicas ainda pior. Partimos às 04:00 horas da matina rumo à Campo Alegre. Fizemos o tradicional Bonde onde o quinteto formado por Limas, Eduardo, Ravache, Ivonei e eu pedalamos serra acima, onde quase congelamos. Chegando em Pirabeiraba pegamos um vento deveras estranho pra região. Confesso que me assustei com a força da ventania, em alguns devaneios otimistas a galera repetia que próximo da serra não teria vento, sabe nada inocente. O vento gelado canalizava pela serra uivando maliciosamente nas orelhas do intrépido quinteto, que num esforço descomunal pedalava um metro pra frente e era arremessado outro pra traz. Chegamos no mirante e o nascer do sol nos brindou com seu espetáculo, mas o frio era de doer na alma. Enquanto esperava pra reagrupar, não dava de ficar parado e incrementamos uns polichinelos pra manter os esqueletos aquecidos. 





Depois da serra o Ivonei e o Ravache abortaram o pedal por problemas técnicos. O grupo sofreu a baixa e seguiu em frente pra se juntar a outros 250 bikers em Campo Alegre, onde enfrentariam o frio e o vento como companhia por todo o pedal. Depois da serra fui caçando um local onde pudesse apreciar a geada, encontrei numa sombra uma geadinha marota, o sol já havia derretido a maior parte.



Chegamos em Campo Alegre bem cansados e com muito frio, paramos na lanchonete Alto da Serra, já somos fregueses cativo do local, tomamos um café pra aquecer. Depois vimos que já passavam das 08:40 da manhã, o pedal da Festa de Inverno sairia às 08:30 do calçadão no centro, o vento foi o responsável pelo atraso, mas corremos atrás do pelotão e alcançamos não muito longe do local de largada. 


Logo o pelotão deixou a estrada e entrou numa fazenda da Oxford, o local é muito bonito, com lago e pinheiros. A estrada é bem desafiadora, tanto pelos morros quanto pelas pedras soltas. Por várias vezes perdia solo e a bike patinava. Era necessário buscar outro ponto pra pedalar novamente. 







No ponto de hidratação o pedal se dividiu em duas categorias, a Light e a Pró. A primeira com 25 km e a segunda com 55 km. Ambas com bastante morros e a visão privilegiada de belas paisagens. Seguimos num sobe e desce certos de que o retorno seria cansativo, pois daria uma volta e retornaria pela mesma estrada. Passamos por minas de extração de argila para cerâmica também da Oxford, com seus lagos com águas verdes. 






Depois nos embrenhamos novamente nas plantações de Pínus, a grande oportunidade deste pedal foi pedalar por estes lugares, em fazendas fechadas ao público, isso engrandeceu muito o evento. Retornamos para a estrada principal e parecia um asfalto, comparado as estradas da fazenda. O meu senso de direção entrou em parafuso quando avistei a placa de divisa de São Bento do Sul e Jaraguá do Sul e logo na frente Jaraguá do Sul e Campo Alegre. Fiquei totalmente desorientado.



Retornamos ao ponto onde houve a separação das categorias e seguimos pelo mesmo roteiro do pedal Light, na verdade de Light só a distância, porque o pedal também era bem desafiador. Vários morros e depois entrou em outra fazenda, nova mina e nova plantação de Pínus. a paisagem se repetiu e os desafios também.



Depois da última fazenda pegamos a estrada que sai no centro de Campo Alegre, finalizando o pedal e partindo para o almoço, já passavam das 14:00 horas quando chegamos no centro e isso porque eu e o Canela estávamos no primeiro pelotão, foi um pedal muito difícil e também muito recompensador. Chegamos na avenida principal e encontramos os amigos de Joinville que fretaram a van do seu Vitório com reboque para o evento. Soubemos que estava sobrando três vagas. O veículo sorriu tentadoramente pra nós, e acabamos cedendo ao convite de colocar as bikes no reboque e voltar no conforto do carro abandonando a louca ideia de vir pedalando.


A foto acima é uma foto antiga de um outro pedal, mas mostra o cuidado que o seu Vitório tem pelas bikes, recomendo o serviço. Enquanto as bikes eram organizadas e amarradas no reboque, aproveitamos pra almoçar. Voltamos pra Joinville com a certeza que foi a escolha certa pegar a condução. Estava muito cansado, o vento contra e o morros minaram minhas energias, percebi isso quando chegamos na expoville e tive que pedalar mais quatro km até em casa. O retorno era para ser pedalando, porém cheguei em casa feliz pelo desafio. Foram 2986 metros em ganho de elevação e 127,5 km de pedal. 

Abraços e até a próxima aventura.