segunda-feira, 10 de outubro de 2022

Pico Jurapê

 Creio que vocês já perceberam que perdi o hábito de escrever, ou pelo menos deixei de relatar algumas aventuras e ciladas que vivenciei. Por algum momento até pensei em excluir esse blog, mas como gosto de aventuras e de relatar elas então manterei esse canal. O relato a seguir aconteceu uma dúzia de dias atrás. O Wilson e a Lu me convidaram pra subir o Pico Jurapê, aqui mesmo em Joinville, não dá pra perder uma oportunidade dessas, subir uma montanha aqui na terrinha no quintal de casa, ainda mais que fazia tempo que queria conhecer aquele lugar. 


Dia de sol perfeito com um pouquinho de frio que logo foi esquecido a medida que o corpo aquecia com a caminhada, até chegar a trilha tem um bom trecho pelo pasto até que uma plaquinha discreta indica o caminho. 






Ao chegar na trilha já começa a subir, com vários desníveis e degraus força bastante as pernas, fiquei vários dias dolorido, atravessa rios, cachoeiras, vales. Ao lado de uma cachoeira tem uma pedra lisa que se sobe com o auxílio de uma corrente presa à rocha em outros pontos também tem cordas pra ajudar.















Depois de muita subida vimos que estávamos longe do topo, pois o morro sobe e muito e depois desce pra então subir a etapa final, que foi punk, ai a criança chora e mamãe não vê. Só pensava na volta, refazer todo o caminho, o bom de ir nesses lugares pela primeira vez, que você não sabe o que vem depois da curva, pode ser outra subida ou o topo. Depois de 3:50 horas de caminhada e muito suor chegamos no cume, fizemos um lanche e saímos pra desbravar o local, tem várias trilhas que levam a outra pequenas clareiras, cada uma com um visual diferente do local. Encontramos a caixinha com o livro de visitas, assinamos e depois de uma hora no topo começamos a descida.


















Durante a descida sobrou até umas perninhas pra fugir um pouco da trilha principal e chegar perto de uma cachoeira linda, descemos pela curiosidade e pelo barulho que a água fazia. Cada cantinho do lugar é especial, vale a pena sofrer um pouco pra fazer esse roteiro, ver Joinville de cima foi especial. Confesso que essa foi a pior trilha que fiz até agora, mas faria tudo novamente, pretendo voltar lá e reviver toda essa aventura. 
















































domingo, 23 de maio de 2021

Morro da Santa e Parque Malwee

A cilada era pra ter outras proporções, mas o destino nos brindou com uma chuvinha marota na madrugada bem no horário de saída, só desligar o despertador e virar pro lado. Acordei às 08:30 com uma mensagem do Wilson: já que o tempo virou bora fazer um pedalzinho em Guaramirim pra não perder o sábado? Bora, tomei café, vesti a farda e corri pra encontrar ele e a Lu. Às 09:30 saímos do posto no final da XV de Novembro. Destino um tal de Morro da Santa. O morro fica atrás do hospital de Guaramirim, não é muito alto mas tem uma boa pegada pra subir, vale a pena, de lá tem outra visão da cidade. 








Seguindo recomendações médicas o Wilson leva uma frutinha pro pedal, essa jaca ele queria comer depois do lanche. 

Como ainda era cedo resolvemos dar uma esticadinha em Jaraguá do Sul no Parque Malwee, os dois ainda não conheciam o local, percorremos somente as estradas principais ao redor da lagoa, ficaram encantados com a beleza do local. Eu e a Lu até nos aventuramos na pista de bicicross.






Foi um belo passeio, mesmo saindo tarde valeu a pena, mais 120 km pra conta e torcendo pra logo fazer a cilada que era proposta pra esse fim de semana. Aguarde em breve rola um relato por aqui. Abraços e até a próxima aventura.


 

quinta-feira, 15 de abril de 2021

Trilha da Ambulância, Rio Sagrado e Limeira

 Depois de muito tempo sem escrever, não por falta de vontade ou por falta de assunto, na verdade tirei um período sabático da edição, pedalei despreocupadamente sem me preocupar com fotos, mas acá etoy yo, para relatar os perrengues que os amigos nos colocam. No ultimo domingo rolou aquela cilada, aquela que não dá pra ir sozinho, tem que por uns coleguinhas pra sofrer também. O Wilson me mandou mensagem pra fazer um pedal num roteiro que ele tinha feito há 30 anos, num surto saudosista retirou da cartola esse roteiro, eu não quis perguntar muito a respeito porque não queria sofrer com antecedência, fiz muito bem. Só marquei o local e horário de saída, única dica que peguei foi que passaria pela serra da Limeira no Paraná. Minha resposta foi: Tô dentro. Encontrei o Wilson e a Lu no pórtico, colocamos a bike no carro e partimos. 



Rodamos até a comunidade da Limeira onde deixamos o carro em uma casa ao lado do rio, enquanto conversávamos com o dono da casa ficamos sabendo do roteiro, ouvi pela primeira vez a tal da Trilha da Ambulância, a Lu já tinha ouvido umas paradas bem sinistra do local, pra mim a luzinha amarela começou a piscar, mas não viemos até o estado vizinho pra desistir. A trilha leva esse nome por causa de uma ambulância que foi abandonada no local, ninguém tem muita informação do motivo. Partimos para o pedal, acessando a rua que margeia o rio, depois passa a cachoeira da Limeira e a rua vai se estreitando e acaba na porteira da Copel, a maior parte da trilha se dá nessa propriedade, no inicio estava animador, mas não durou muito, começou um sobe e desce, o mato foi fechando e a umidade da região não deixava a trilha secar, muita lama daquelas bem pegajosas que grudam no pneu, relação, câmbio etc. como é muito frequentada por motos não precisa nem falar que o estrago estava grande, buracos, raízes, árvores caídas, sem contar as grotas ao lado da trilha, era um tal de empurra pedala, pedala e empurra, mais empurra do que pedala, mas a diversão estava garantida.








Percorremos ao percurso com uma linda trilha sonora, o barulho das águas, sempre perto do rio, umas vezes o barulho das cachoeiras eram bem altos, até que a trilha chega no rio, procuramos do outro lado onde teria a continuação e fomos atravessando com água pra cima do joelho, quando chegava um local mais fundo voltava e procurava um local seguro, a correnteza estava forte, porém a vontade de vencer o obstáculo era maior.





Do outro lado a trilha piorou ainda mais, mas pra nossa surpresa encontramos uma meia dúzia de ciclistas que sem apego algum pelas estradas largas das cidade se embrenharam também na mata, estavam fazendo em sentido contrário ao nosso, depois de quase 11 km chegamos no final da trilha e nada da ambulância, quando o Wilson esteve por aqui já era um carro antigo, agora não sobrou nada pra contar a história, ou o mato tomou conta, abaixo uma foto que catei na net.





Depois da trilha respiramos aliviados, o pior já foi, sabe nada inocente, pegamos umas subidas fortes, com pedras redondas soltas, até senti falta da lama. Uma pedalada e duas derrapadas, mas não viemos aqui pra reclamar bora forçar que logo acaba, só que não. Chegamos em cima do Rio Sagrado e para nossa alegria chegou o asfalto, pegamos um descidão alucinado até chegar a BR 277 já próximo de Morretes, tomamos um caldo de cana e logo acabou a alegria do asfalto, novamente estradão de chão e a ultima morreba do dia a cereja do bolo, Serra da Limeira, diferente de outras vezes que estive no local, as curvas nas descidas estavam muito boas, espalharam saibro o que deu uma boa estabilidade, pra soltar os freios, mas antes disso preciso dizer que a subida foi sofrida, com o sol na nuca, foi a pior subida que fiz até agora.


Depois da descida da serra, com uns sobe e desce adicionais, chegamos no carro, quase ligando pra ambulância, num pedal de 57 km com 1120 de elevação. Deu pra emporcarlhar a bike e a roupa, mas lavamos a alma com diversão e boas risadas, agora ainda lembrando chega até cogitar em retornar, tomara que o Wilson nos convide só daqui a 30 anos.



segunda-feira, 8 de junho de 2020

Morro do Santo Anjo em Massaranduba

Sabe aqueles sonhos meio doido de pedalar por lugares desconhecidos? pois é, ainda não tinha pedalado pra bandas de Massaranduba, queria fazer um pedal não muito longo mas que tivesse um desafio no meio, assim fizemos, chamei os amigos, sofrer sozinho não tem graça, apresentei a cilada pro Oseias e o Josias, ambos toparam, a trip ocorreu no dia 30/05. Fizemos os detalhes com mapas pra ir pelo interior, só estradão. O Oseias tem um canal no Youtube o Bike4fun Joinville e fez um belo registro do pedal, no final do relato postarei o vídeo. O roteiro seria Poço Grande, Guamiranga, Rodovia SC 415 e novamente estradão de Massaranduba, isso seria perfeito, pena que nos perdemos e ficamos rodando 20 km a mais por dentro de Guaramirim. 









Depois de muito rodar e algumas informações tiradas com outros malucos pedalantes também, os únicos capazes de sair no frio, seguimos as recomendações e seguimos toda vida reto. Depois de uma longa curva vimos os carros trafegando na rodovia, teve gente que quase fez a dancinha da vitória, só não vou dizer quem, achando que era a dita SC 415, ledo engano acabamos saindo na SC 108 que deveria ser o roteiro da volta. Bateu um desânimo geral e como não tinha jeito, fizemos o que nos propomos, pedalar. Seguimos até o trevo de Massaranduba, fizemos um registro no portal e seguimos para o centro procurando em todas as portas de comercio aberto por uma padaria. Achamos uma que nos serviu muito mais que um bom café, a atendente nos passou informações importantes pra chegar no morro. Mas antes de se despedir disse pra irmos na fé porque tem muita subida até chegar no morro. Até perdi minha simpatia por aquela tia. Francamente não precisava falar isso hehehe. 




Seguindo as orientações com fé, percebemos que pela primeira vez alguém passou um informação muito próximo do real, tinha muito morro, mas viemos aqui pra isso mesmo, de longe já avistamos o Morro do Santo Anjo, mais algumas subidinhas escondidas nas curvas chegamos na entrada do morro, com uma placa bem grande é impossível passar desapercebido.








Esse é um daqueles roteiros Kinder ovo, sempre tem uma surpresa, a cada curva pensava que estava acabando, tchram, mais subidas, aí chegou uma parte com lajotas, o coração quase parou nesse momento, se tem lajota, calçamento, concreto ou qualquer outro tipo de pavimentação já sabem, vem inclinação forte pela frente. Esse trecho dá uns 500 metros até o topo, mas é bem inclinado, tem um pedaço que tem até corrimão pra ajudar na subida. Pergunta se empurramos? óbvio que sim. O morro nos venceu. 



Nossa esperança era encontrar no topo um lugar que compensasse todo esse perrengue da subida, e não é que nossas expectativas foram superadas? pensa num lugar bonito dá pra ter uma visão de quase 360º. Dá pra ver as cidades vizinhas, outras montanhas que deu vontade de conhecer e até a baia da Babitonga. A vista compensou o esforço. 






 Depois de uns minutos de apreciação e agradecimento à Deus por esta maravilha começamos a descida, tem que desder com cuidado, tinha bastante areia solta, mas a parte mais difícil de descer é justamente no pior lugar pra subir, ou seja, na lajotas. Chegamos no início do morro e partimos em direção a terrinha, agora por outro trajeto, saímos na SC 415 e depois SC 108, chegando nessa rodovia paramos na padoca pra reabastecimento e logo já estava em Guaramirim e mais uns giros de pedal em Joinville. Segue o vídeo do canal Bike4fun, se inscreva no novo canal de aventuras da bike, https://www.youtube.com/watch?v=AeOJsNY7d7c&t=890s terminamos o pedal com 140 km, abraços e até a próxima aventura.