domingo, 23 de maio de 2021

Morro da Santa e Parque Malwee

A cilada era pra ter outras proporções, mas o destino nos brindou com uma chuvinha marota na madrugada bem no horário de saída, só desligar o despertador e virar pro lado. Acordei às 08:30 com uma mensagem do Wilson: já que o tempo virou bora fazer um pedalzinho em Guaramirim pra não perder o sábado? Bora, tomei café, vesti a farda e corri pra encontrar ele e a Lu. Às 09:30 saímos do posto no final da XV de Novembro. Destino um tal de Morro da Santa. O morro fica atrás do hospital de Guaramirim, não é muito alto mas tem uma boa pegada pra subir, vale a pena, de lá tem outra visão da cidade. 








Seguindo recomendações médicas o Wilson leva uma frutinha pro pedal, essa jaca ele queria comer depois do lanche. 

Como ainda era cedo resolvemos dar uma esticadinha em Jaraguá do Sul no Parque Malwee, os dois ainda não conheciam o local, percorremos somente as estradas principais ao redor da lagoa, ficaram encantados com a beleza do local. Eu e a Lu até nos aventuramos na pista de bicicross.






Foi um belo passeio, mesmo saindo tarde valeu a pena, mais 120 km pra conta e torcendo pra logo fazer a cilada que era proposta pra esse fim de semana. Aguarde em breve rola um relato por aqui. Abraços e até a próxima aventura.


 

quinta-feira, 15 de abril de 2021

Trilha da Ambulância, Rio Sagrado e Limeira

 Depois de muito tempo sem escrever, não por falta de vontade ou por falta de assunto, na verdade tirei um período sabático da edição, pedalei despreocupadamente sem me preocupar com fotos, mas acá etoy yo, para relatar os perrengues que os amigos nos colocam. No ultimo domingo rolou aquela cilada, aquela que não dá pra ir sozinho, tem que por uns coleguinhas pra sofrer também. O Wilson me mandou mensagem pra fazer um pedal num roteiro que ele tinha feito há 30 anos, num surto saudosista retirou da cartola esse roteiro, eu não quis perguntar muito a respeito porque não queria sofrer com antecedência, fiz muito bem. Só marquei o local e horário de saída, única dica que peguei foi que passaria pela serra da Limeira no Paraná. Minha resposta foi: Tô dentro. Encontrei o Wilson e a Lu no pórtico, colocamos a bike no carro e partimos. 



Rodamos até a comunidade da Limeira onde deixamos o carro em uma casa ao lado do rio, enquanto conversávamos com o dono da casa ficamos sabendo do roteiro, ouvi pela primeira vez a tal da Trilha da Ambulância, a Lu já tinha ouvido umas paradas bem sinistra do local, pra mim a luzinha amarela começou a piscar, mas não viemos até o estado vizinho pra desistir. A trilha leva esse nome por causa de uma ambulância que foi abandonada no local, ninguém tem muita informação do motivo. Partimos para o pedal, acessando a rua que margeia o rio, depois passa a cachoeira da Limeira e a rua vai se estreitando e acaba na porteira da Copel, a maior parte da trilha se dá nessa propriedade, no inicio estava animador, mas não durou muito, começou um sobe e desce, o mato foi fechando e a umidade da região não deixava a trilha secar, muita lama daquelas bem pegajosas que grudam no pneu, relação, câmbio etc. como é muito frequentada por motos não precisa nem falar que o estrago estava grande, buracos, raízes, árvores caídas, sem contar as grotas ao lado da trilha, era um tal de empurra pedala, pedala e empurra, mais empurra do que pedala, mas a diversão estava garantida.








Percorremos ao percurso com uma linda trilha sonora, o barulho das águas, sempre perto do rio, umas vezes o barulho das cachoeiras eram bem altos, até que a trilha chega no rio, procuramos do outro lado onde teria a continuação e fomos atravessando com água pra cima do joelho, quando chegava um local mais fundo voltava e procurava um local seguro, a correnteza estava forte, porém a vontade de vencer o obstáculo era maior.





Do outro lado a trilha piorou ainda mais, mas pra nossa surpresa encontramos uma meia dúzia de ciclistas que sem apego algum pelas estradas largas das cidade se embrenharam também na mata, estavam fazendo em sentido contrário ao nosso, depois de quase 11 km chegamos no final da trilha e nada da ambulância, quando o Wilson esteve por aqui já era um carro antigo, agora não sobrou nada pra contar a história, ou o mato tomou conta, abaixo uma foto que catei na net.





Depois da trilha respiramos aliviados, o pior já foi, sabe nada inocente, pegamos umas subidas fortes, com pedras redondas soltas, até senti falta da lama. Uma pedalada e duas derrapadas, mas não viemos aqui pra reclamar bora forçar que logo acaba, só que não. Chegamos em cima do Rio Sagrado e para nossa alegria chegou o asfalto, pegamos um descidão alucinado até chegar a BR 277 já próximo de Morretes, tomamos um caldo de cana e logo acabou a alegria do asfalto, novamente estradão de chão e a ultima morreba do dia a cereja do bolo, Serra da Limeira, diferente de outras vezes que estive no local, as curvas nas descidas estavam muito boas, espalharam saibro o que deu uma boa estabilidade, pra soltar os freios, mas antes disso preciso dizer que a subida foi sofrida, com o sol na nuca, foi a pior subida que fiz até agora.


Depois da descida da serra, com uns sobe e desce adicionais, chegamos no carro, quase ligando pra ambulância, num pedal de 57 km com 1120 de elevação. Deu pra emporcarlhar a bike e a roupa, mas lavamos a alma com diversão e boas risadas, agora ainda lembrando chega até cogitar em retornar, tomara que o Wilson nos convide só daqui a 30 anos.