Este foi mais um pedal em carreira solo, saí de casa às 06:00 da manhã com uma temperatura em torno de 18 graus, o trajeto planejado era para contornar a região do Palmital retornando por Barraras, porém um descuido me tirou da rota principal e acabei aumentando o percusso em 50%, chegando a Itapoá e desbravando novos horizontes. Mas valeu a pena a região é propícia para um belo pedal.
O bom de sair cedo de casa e amanhecer na estrada, é ter o privilégio de acompanhar cenários como este nascer do sol, na Dona Francisca.
Segui em ritmo legal passando por Rio Bonito com algumas paradas rápidas pra fotos, mesmo sendo locais já conhecidos é sempre bom parar e relembrar velhos momentos vividos nesta região que é tão bonita. Nesta ponte sobre o rio Pirabeiraba, há alguns anos atrás senti o frio na barriga saltando dela, hoje o rio não tem mais profundidade para isso.
Segui pela estrada velha como é conhecida por muitos passando pela ponte do Rio Três Barras (muito legal por sinal) até a estrada do Rio Cupim. O percurso pela área rural contrasta com a serra do mar ao fundo, o que deixa um ar de nostalgia e um belo apelo para mais parada pra fotos.
Encontrei um serviço de apoio ao ciclista, não usei é claro, mas fica a dica. Sem gastar nenhum tostão, você pode utilizar este vaso ao ar livre e ainda apreciar a beleza local. hehe
Segui pela estrada Palmital, e em uma bifurcação (foi aqui que me perdi) peguei à esquerda saindo na Rodovia SC 412 que dá acesso às praias paranaense, mesmo desconfiado que havia me perdido segui em frente, entrei na Rodovia SC 415 a nova estrada que dá acesso ao porto de Itapoá, as pessoas que me deram informações na rua eram otimistas, uma senhora disse que por ali era "um pouquinho longinho" , (puro otimismo utópico). Segui em um sobe e desce ou mais sobe do que desce até a região da Jaca que entra para Vila da Glória, porém desviei mais três kilômetros para chegar até o porto de Itapoá que ainda não conhecia.
Feito os devidos registros fotográficos retornei para Vila da Glória pegando uma estrada de areia solta e se isso não bastasse tinha ainda um vento contra, tinha a impressão de pedalar um metro pra frente e ser jogado outro para trás.
Ao chegar na região de Praia Bonita passei na casa da minha tia Perpétua, onde peguei uma camiseta emprestada, tomei um banho e fiz um belo almoço. Após o almoço e umas conversas com a tia segui meu caminho de volta para casa, afinal tinha ainda 30 km pela frente.
Atravessei a Vigorelli com uma balsa devagar quase parando, nunca foi tão demorado, essa travessia esfriou o corpo me deixando indisposto pra apertar o pedal, até em casa foi em ritmo de passeio ou quase me arrastando. Cheguei em casa com 127 km rodados, muita história pra contar pra minha esposa, que ficou me ouvindo por um bom tempo. E mais uma sensação de objetivo cumprido. Abraços e até a próxima, prometo que da próxima vez estudarei melhor os mapas.
