quinta-feira, 28 de junho de 2018

Bate e Volta em Balneário Camboriú

No ultimo sábado rolou um desafio de amigos, fazer um bate e volta em Balneário Camboriú, estava tão ansioso pelo pedal que iria sozinho se não achasse parceria. Sorte a minha que a Tati e o Chris toparam a ideia. Partimos às 06:15 horas do pórtico. 


A proposta era o mínimo de paradas, porém foi quebrada na curva do arroz, um caminhão estragado ao lado da pista, quando passamos pelo lado o caminhoneiro pediu ajuda, alguém tinha que virar a chave enquanto ele sangrava o ar do óleo, me sentindo tipo o Bino e Pedro fui pra boleia, desconfiado de alguma cilada. Tentamos por uns minutos dar a partida no bruto mas não teve jeito, tivemos que seguir nosso caminho e desejar boa sorte para o caminhoneiro.


Depois da frustrada tentativa de sair dirigindo por este mundão velho sem porteira, tocamos viagem com as bikes mesmos, aquela paradinha de PipiStop no Sinuelo e também pra aproveitar pra comer um pão, na ida essa foi a única vez que paramos pra comer, nas outras vezes que comemos foi pedalando mesmo. 




Chegamos em Balneário Camboriú às 09:58 hrs no posto Tigrão às patas do Morro do Boi, nosso local de retorno, com 03:43 hrs contando as paradinhas. Felizes com o tempo entramos na loja da conveniência dispostos a repor tudo que foi gasto em calorias e mais um pouco.



No retorno procuramos por algo próximo à Rodovia que representasse BC pra tirar aquela foto memorável, não achamos nada até que lembrei do Shopping, entramos na city fizemos a foto e voltamos, deixamos as compras pra outro dia.


Quando retornamos pra BR vimos que o vento que não soprou na ida poderia nos atrapalhar na volta, a princípio estava na lateral, atrapalhando as vezes. Falei pro Chris que depois de Itajaí o vento muda e realmente mudou, começou a soprar de frente, vento no peito fica difícil de pedalar. Em Itajaí também aconteceu o primeiro furo de pneu. A Tati resolveu fazer a limpeza da rua, catou vários araminhos, tinha três que atravessaram o pneu e mais dois no ponto pra entrar também. Fizemos a troca, o sol já estava forte e o vento também.



Em Barra Velha decidimos desviar o caminho, entramos em Itajuba e passamos pela praia central, demos um girinho já que em BC não vimos nem a cor do mar. 




Retornamos pra BR com o vento castigando novamente, somados com o cansaço da ida, o calor da volta, fez com que minhas energias fossem esgotadas, tinha um pão ainda, mas não tinha vontade de comer, fui perdendo rendimento, aliás, na volta o ritmo já foi bem menor que a ida, e eu não conseguia mais seguir, fui ficando pra trás, de Itapocú até o Sinuelo foi uma luta travada com superação, o vento sugou minhas energias a ponto de dar hipoglicemia, tive alguns dos sintomas, entre eles, sono, fraqueza e muito frio, apesar do calor do dia. Próximo do Sinuelo cogitei abandonar e ficar na casa da minha sobrinha e depois chamar a esposa pro resgate, mas decidi fazer o lanche e seguir até a corveta onde minha cunhada mora, se lá ainda estivesse ruim, aí sim faria um Disk Esposa. Na parada no posto fizemos um lanche com uma coca pra jogar um pouco de açúcar e também um pedaço de bolo de cenoura, foi o que me valeu, a auto estima voltou, o vento deu uma amenizada, voltamos a pedalar novamente os três juntos, deixa o resgate pra lá, se passei mal no pedal algum dia, nem me lembro.Tocamos pros últimos 30 km's do dia mais felizes que o Pedro e Bino quando se livravam de uma cilada. Chegamos no pórtico novamente às 16:30 horas com 208 km rodados e muita história pra contar, eu ainda tinha uma festa junina na família pra ir, cheguei em casa minha esposa perguntou se ainda ia, eu pedi uma hora pra descansar, feito isso já estava pronto pra outra.





Sobrou energia pra curtir a festa com primos e tios, depois da festa as crianças foram dormir na casa da minha irmã, e eu e minha esposa programamos um pedalzinho pro domingo de manhã, um regenerativo pra mim. Resolvi ir com a "Bicicletinha da Humildade" e deixei ela ir com a minha, fizemos um bate e volta na Pastelaria Rio da Prata.




Na volta paramos pra fazer uma visitinha pro Canela que anda sumido dos pedais por problemas de saúde.




Este foi o final de semana bem aproveitado com amigos e família.

Abraços e até a próxima aventura.

segunda-feira, 11 de junho de 2018

Rio do Júlio Edição Especial

Repercorrendo (existe essa palavra?) o mais clássico roteiro de MTB de Joinville, já está quase virando uma rota café com leite (termo utilizado por crianças pra determinar atividades em que eles dominam), por falar em café, a mais borbulhante e quente bebida não foi páreo pra espantar o frio da manhã de sábado, onde meu termômetro particular marcava exatamente "Frio pra Caramba º C", vesti o casaquinho, a japona, o polover e qualquer outro meio de aquecimento corporal que as mães sempre aconselham usar, enquanto o tritar dos dentes contrastava com o ruído dos pneus garrudos no asfalto, me dirigi ao Gartem pra encontrar com o meu tio Elias, um veterano da bike e outras aventuras, sempre me inspirei nele pra qualquer ideia maluca em que a maioria dos parentes reprovariam. Me senti honrado em ser o guia desta empreitada, e fiz questão de apresentar o Seu Rio do Júlio, e também cada atrativo local, como cachoeira, clareira, represa, igreja etc. Eis o motivo da Edição Especial. Depois da largada e girados uns km's percebemos que estávamos sem bomba de ar, voltamos até na minha casa pra pegar uma e depois partimos oficialmente pra aventura do dia.



Já perdi as contas de quantas vezes fiz esse roteiro, sei que este ano foi a quinta vez, se continuar assim logo o prefeito enviará um carne de ITR (Imposto Territorial Rural) pra eu pagar, mas é muito fácil entender o porque desse meu apego com o distinto local, é uma das mais belas regiões perto de casa, quem ainda não conhece, está perdendo um belo passeio por lá. E pra corroborar com o discurso acima, o melhor roteiro é a subida, foi o que fizemos sábado, mesmo sendo o batismo do tio, decidimos subir, e como sobe, de cara as Duas Mamas, depois aquela descida marota do Canivete e uma paradinha rápida no Posto Mime pra comprar uma sambuda pra viagem, e lá vamos nós.





O bom dessas subidas é que logo aquece porém traz consigo o arrependimento de se estar tão encapuzado. Depois de se livrar dos casacos e providenciar um local seguro na bike pra amarrar começamos a subida do Rio do Júlio, enquanto as lembranças de outros pedais por ali eram aguçadas e contadas em detalhes a dupla ganhava altitude e também quilometragem.








A subida foi muito boa, o tio se saiu muito bem, nada mal pra um 50então, durante a semana e também durante o pedal demonstrava uma certa ansiedade por conhecer a igreja da colina, um dos pontos mais bonitos da expedição e também local de almoço.






Depois da paradinha na igreja e também com estômagos forrados, seguimos pela estrada afora, ainda subindo a serrinha da Paciência pra depois despencar pela Serra Dona Chica abaixo e deixar a força da gravidade fazer o que sabe fazer de melhor. 


Finalizamos o pedal da mesma forma que comecei com um café lá em casa, onde minha esposa Deza escutava nossas histórias e com um leve sorriso de satisfação. Agradeço ao tio pela parceria, foi um belo pedal num dia perfeito de frio e aventura.  Abraço e até a próxima.

terça-feira, 5 de junho de 2018

Volta de Itapoá, Em Busca do Chapéu de Couro

Feriado de Corpus Christi e o Wilson lançou uma convite pra pedal. Fizemos a volta de Itapoá, o pedal em si já é especial, mas esse ainda teve ainda uma pitada de boa ação. Fomos em busca de uma planta o chapéu de couro, que um dos seus benefícios é amenizar problemas renais. A Maria Luiza, filha do Wilson vem enfrentando esse problema, como ele garimpou a região e não encontrou o referido remédio,  partimos com a nobre missão de só voltar pra casa com o tal do chapéu de couro na mochila.


Seria totalmente compreensível ir até Itapoá e voltar pelo caminho mais curto, mas resolvemos juntar o útil ao agradável, fomos pela rodovia e voltamos pela Vila da Glória pelo Ferry Boat.





Achamos uma pequena malha do tal do Chapéu de Couro em um terreno baldio, próximo de uma casa que o Wilson morou nas antigas. Cortamos o suficiente pra uma garrafada e mais umas mudas pra plantar. Depois iniciamos nossa volta pra casa, compramos um lanche na padoka e fomos fazer o pic nic na praia.





Depois do lanche, demos uma paradinha no farol de pontal, bem próximo ao porto, devido à paralisação dos caminhoneiros, o porto estava sem trabalho, sem navio atracado, os caminhões estavam parados ao longo da rodovia.
Chegamos na estrada pra Vila da Glória, já conhecida pela areia solta, costela de vaca e vento contra, pra nossa surpresa só tinha areia solta em um pequeno trecho, cerca de 400 m, nos demais estava bem compactada e boa pra pedalar. Tinha ainda um outra incerteza, se teria balsa, havia uns rumores e boatos que a balsa estava operando com horários reduzidos, chegamos em Vila da Glória e paramos num mercado pra perguntar sobre a travessia, a moça do caixa nos deu a feliz notícia que estava operando normalmente. Felizes por não precisar fazer um desvio de uns 50 km a mais, seguimos pelas morrebas até o píer.




Já instalados na balsa sorrimos satisfeitos em saber que chegaríamos pro almoço, depois de um pedal muito bom, curtindo o feriado da melhor forma possível, de bike, num dia perfeito na cia do amigo.


Agradeço ao Wilsão pelo convite e estimo melhoras à Maria Luiza,  mais um pedalzinho de 132 km numa das mais belas regiões e ainda passando pela minha queridinha Vila da Glória.