segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Rio do Manso com o Jason do Paraguai

Isso mesmo senhoras e senhores, não é sexta-feira 13 mas o lendário Jason que aterrorizou nossa juventude esteve presente em nosso pedal. Claro que numa versão mais light, ou melhor, muito mais amistosa que nos fazia rir ao invés de ter medo. Mas o nosso protagonista do terror só fez sua aparição num rápido flash da câmera. Até então ele estava disfarçado de ciclista. Antes disso, nossa trupe se encontrava antes mesmo do cantar do galo, pra variar, às 04:30 da matina, torcendo pra que as previsões da meteorologia acertasse desta vez.
Não fizemos a foto na largada porque minha câmera Gopobre não tira fotos legais no escuro. Mas para registro da galera os integrantes foram Eduardo (que nas horas de folga atua como Jason), Fernando (que adora bolacha, mas não come), Giovanni (que fica bravo quando tem serra, mas não perde um desafio), Valdecir (o tio da turma) e eu (Jedson, vulgo Jed). Saímos em direção à primeira das 4 serras do dia, a Serra Dona Francisca, durante a subida o tempo estava incerto, parecia que ia chover. Quando chegamos no mirante o dia estava clareando. Perdemos tempo porque passamos no posto antes da serra e esperamos abrir pra então calibrar os pneus. 







O Jason de Araque fez sua aparição no mirante, foi tudo muito rápido, mas as lentes ultra rápidas conseguiram capturar a icônica imagem. 


Separados por uma bike.



Depois de desfeito o figurino o Eduardo voltou a fazer o que sabe de melhor, que é pedalar, o cara pedala serra a cima ignorando os efeitos da gravidade, como fosse no plano. Todos estavam doidos pra tomar café no tiozinho que não serve café, só caldo de cana. O Fernando ficou um pouco pra trás e enquanto era feita a encomenda das deliciosas empadas do tiozinho, sentimos falta no nosso amigo. Como estava demorando muito ficamos preocupados, o Valdecir e eu voltamos pra ver o que acontecia. O problema que voltar era morro acima, e fizemos isto por dois km. Encontramos o distinto ciclista com um belo sorriso no rosto. Sem entender tamanha alegria, ele nos explicou que parou pra ajudar duas velhinhas a trocar o pneu do carro. Na verdade o que o convenceu a parar e desligar o Strava foi que as simpáticas senhoras não sabiam a diferença de um macaco pra uma chave de rodas. Aí já sabe né, boa ação ajuda mais quem faz do que quem recebe. Depois reagrupamos e continuamos, pois apesar da distância ainda estávamos em Joinville.





Chegamos no paraíso da serra, Campo Alegre, a cidade mais charmosa do planalto catarinense. O sol estava dando o ar da graça, aproveitamos pra nos lambuzar com protetor solar com FPS bom pra caramba. Depois paramos no restaurante Alto da Serra, o proprietário é amigo do Valdecir, quando ele viu a turma soltou essa: "Vocês tem problemas, já que estão aqui, porque não vão pelo Rio do Manso?" quando soube que era justamente pra lá que a galera ia, ele não escondeu a admiração e respondeu um "INTERNA, vocês são malucos". Rimos muito com sua reação. Demos uma paradinha pra mais uma  foto, e outra passadinha na cachoeira Paraíso que fica atras da prefeitura.










Depois seguimos pra Estrada Rio Do Manso, pra tristeza do Giovani, começou mais subidas, o nosso colega que achava que seria só descida. Foi um sobe e desce danado. Quando tinha uma descida nem dava tempo de se alegrar, já vinha outra subida. Só a paisagem que compensava o sofrimento, o lugar é muito bonito.







Quando emfim, chegou o momento de descidas, sentimos falta dos morros pra escalar, descemos o Rio do Manso, as mãos chegaram a doer de tanto esforço nas frenagens nas curvas. Outro problema foi a lama. Sorte a nossa que eram pontos isolados, mas fez alguns ciclistas rebolar em cima da bike pra não cair. Nessas longas descidas o Giovani já tinha parado de me xingar mentalmente. 





 O Valdecir com o uniforme da equipe Jedbike em completa harmonia de cores com as Hortências.






Descemos ainda um trecho bem maior que o primeiro e chegamos em Jaraguá do Sul, depois em Santa Luzia partimos pra Schroeder a procura de uma bodega pra almoçar, já eram 14:00 horas e os restaurantes já estavam fechados. Encontramos um aberto e a atendente falou pra olharmos o bufe, pois não tinha muita comida. É claro que tinha suficiente, depois nos serviu um delicioso bife acebolado, mais a simpatia de todos do local fez com que a comida ficasse ainda mais gostosa. Nesse momento vi que o pneu traseiro da minha magrela estava furado. Durante a troca, era cogitado a possibilidade de abortar a última serra, mas a galera não corre de desafio e seguimos rumo a serra do canivete. 



O que nos fez subir a terceira serra do dia, foi a gelada cachoeira que tem em cima da serra. um bom e refrescante banho, nos motivou a subir novamente. 






Depois descemos a Serra das Duas Mamas, dali pra casa é só um pulinho. 




Pedalamos por Joinville, Campo Alegre, Jaraguá do Sul, Schroeder, Guaramirim e Joinville. Subindo as Serra Dona Francisca e Canivete, descemos a de Rio do Manso e Duas Mamas. Percorrendo 158 km de superação, morro, lama e acima de tudo a cia dos amigos, obrigado ao Eduardo, Fernando Giovani e Valdecir, foi um excelente pedal. Abraços e até a próxima aventura.