Este pedal rolou no sábado, o Salto do Engenho é uma bela cachoeira que fica a aproximadamente 8 km do centro da cidade de Campo Alegre, já conhecia a referida região, fui lá com a família de carro e prometi a mim mesmo que voltaria de bike. Na sexta feira o Eduardo me enviou um WhatssApp com fotos do local e me convidando pra ir até lá. Saindo de Joinville pedalando, fiquei feliz com o convite, é um pedal muito desafiador a altimetria não é brincadeira. Mas se envolve pedal estamos dentro.
Às 05:00 da matina encontrei o Eduardo e o Fernando, depois tocamos até o Shopping Garten e encontramos o outro Fernando, era pra mais um amigo vir, o Ricardo, soubemos depois que o distinto senhor desligou o despertador pra dormir mais cinco minutos e acordou com o raiar do sol. Com o quarteto seguimos o pedal ao infinito e além.
Seguimos em direção à Serra Dona Francisca, a região estava bem molhada devido a chuva que caiu a noite, sorte a nossa que na hora deu uma estiada. A subida é sempre um desafio a parte, no pé da serra comi um carbogel, apertei o sache de uma vez e percebi que estava estragado, já era tarde já tinha comido. Fiquei preocupado com os efeitos colaterais, mas não apresentou nenhum problema até o momento.
Depois do mirante vem o sobe e desce chato, nem me empolgava muito com uma descida e já vinha outra subida. Nessa montanha russa chegamos a cidade, por falar em montanha russa encontramos uma placa interessante, a distância até Moscou, isso agregou muito ao nosso pedal.
Confesso que fiquei mais interessado com distância do café do que com a capital da Russia. Coisas que só ocorrem em terras Campo Alegrenses. Mas o bom é que já estava perto do nosso destino.
Chegando ao destino fiquei surpreso com o volume de água devido às chuvas dos últimos dias. O local é muito bonito, valendo o esforço de pedalar desde Joinville até aqui 75 km pra ver essa raridade.
Foto de Fernando
Conversamos com uns ciclistas de São Bento do Sul que estavam de saída do local, e após as devidas caras de assustados com a nossa empreitada falaram que o retorno poderia ser pelo caminho que segue em frente a cachoeira, além de mais bonito economizaria uns 4 km. E assim fizemos. Constatamos a beleza do local.
Com o caminho alternativo chegamos no trevo principal da cidade. Procuramos um local pra fazer um lanche visto que as lombrigas davam as ordens no momento. Por sorte estávamos em frente a um café colonial. Boa pedida.
Com as devidas panças abastecidas e se sentindo bem mais pesados do que quando chegamos, deixamos o aconchegante local e tratamos de subir os morros que nos aguardavam. Novamente o sobe e desce, mas a impressão que dá é que no retorno as subidas eram menores. Já em terras joinvillenses começou uma serração, típica no local, e com isso trouxe um pouco de frio.
Todos esperavam ansiosamente pela descida da serra. Logo encontramos a placa que indicava o declive, para nossa alegria. Descemos em poucos minutos o que penamos pra subir no amanhecer. Dali até em casa é só um pulinho, os vinte e poucos km's. Depois de escalar mais de 900 m acima do nível do mar com altimetria acumulada em mais de 3200 m cheguei em casa bem cansado. Mas com um sentimento de que faria tudo de novo. Agradeço ao Eduardo pelo convite e aos Fernandos pela parceria. Fechamos a empreitada com mais 145 km para o currículo.
Abraços e até a próxima aventura.
