domingo, 12 de junho de 2011

Turismo Rural Estrada Bonita

Neste pedal tive a companhia do Carlos, um sobrinho que foi contagiado pelos efeitos que causam um boa pedalada. Quando conversamos sobre a viagem e ele se dispôs a ir, eu já havia planejado este trajeto, porém como ele garantiu que dava conta (65km?), então fomos, era sua primeira viagem de bicicleta, jamais vi alguém tão empolgado.
Passei na casa dele às 8:00 horas, e já estava pronto me esperando. Anciosamente passou a noite anterior sem dormir direito. Saímos da Rua Papa João XXIII, com trânsito ruim, atravessamos o Aventureiro também com  muitos carros e buzinas e fomos pro interior do Cubatão, curtimos um rítmo legal pela estrada Timbé. Agora é só curtir o visual rural sem os efeitos nocivos do CO2 liberados pelos carros.





Apesar de o iniciante acompanhar legal, eu exagerei na distância. Não estava substimando sua capacidade física, só estava preocupado, então dei uma de filósofo chinês e mandei esta : "O importante não é o destino, mas também a viagem", se ele quisesse voltar eu entenderia perfeitamente. Pra nossa sorte ele topou ir até o fim. O cara é corajoso.

Estrada do Oeste
Neste dia tudo foi perfeito, até o clima colaborou, a temperatura era agradável, o que contribuiu para nos divertirmos bastante.
Rio Pirabeiraba, em um momento de recordações saudosas, lembravamos o tempo em que este rio era volumoso em águas, atraindo muita gente para se refrescar nos fins de semana. Naqueles tempos até me aventurei em saltar de sua ponte, hoje só um suicida faria isto, devido sua pouca profundidade. Esta localidade é na rua XV de Outubro no Rio Bonito, percorrendo até o final da mesma, chega à Estrada Bonita, ou o nosso destino propriamente dito.


Os atrativos do Turismo Rural da Estrada Bonita são inúmeros, então decidimos visitar apenas alguns, já no início da rua paramos na propriedade do seu Ingo Karsten, o qual possui um mini museu de ferramentas agrícolas, produção de melados e passeio com trator. Vale a pena, o pessoal é muito atencioso, nos mostraram o processo de fabricação do melado e alguns artesanatos.




Seguimos até o final da Estrada Bonita, paramos no Recanto Tia Marta, com estrutura bacana, restaurante, rio com piscina natural etc.




Voltamos agora com parada na propriedade do Sr Reinaldo Hattenhauer, onde  o Kako, filho do Sr Reinaldo, nos atendeu como sempre com muita simpatia. Escolhi este local para descanso, por que já conheço há 10 anos, é um pesque e pague. Como não estávamos afim de pescar pedimos ao Kako e ele pegou duas tilapias e fritou para nós, peixe mais fresco é impossível. Comemos peixe frito acompanhados de pão caseiro que acabara de sair do forno.
Após o almoço, um breve descanso nas sombras das ávores do recanto. É um local que vale a pena conhecer, possui muitas árvores, rio, lago para pesca, quiosques, e casa para alugar, produtos coloniais etc.


A volta foi em um rítimo mais acelarado, refizemos o trajeto para percorrer só por ruas asfaltadas, sem paradas para fotos, o que nos possibilitou um ganho de tempo para chegar em casa mais cedo, tomar um banho e aquele descanso merecido.

Esta foi a marcação de kilometragem quando cheguei em casa, saímos às 8:00 horas e retornamos as 15:45 horas, no melhor estilo de viajar, de bike, sem imprevistos, sem pneus furados. Foi a melhor viagem até o momento.

Abraços, e até a próxima.

Jedson




segunda-feira, 6 de junho de 2011

Ribeirão do Cubatão

Ribeirão do Cubatão é uma área rural no bairro Cubatão, um dos acessos é por trás do aeroporto Lauro Carneiro de Loyola ou popularmente Aeroporto de Joinville, porém este acesso é via Ponte Pênsil, bem estreita por sinal, o que deixa ainda o passeio mais emocionante.

 Logo atrás do aeroporto passa o Rio Cubatão, uma polêmica para os que defendem a ampliação do aeroporto e transformá-lo em Internacional, falam as más línguas populares que desviariam o rio para ampliar a pista de rolagem, bem esta é uma promessa bem antiga, ainda vai alguns anos para definir a proposta. Chegando a ponte pênsil, a paisagem muda-se totalmente.


Do outro lado existe uma pequena área urbana, depois já vem o sossego da área rural a primeira representação de sítio é a fazenda de Avestruz, localizada bem próximo à rua.



Após uma breve parada para fotos, seguimos em frente onde a rua é margeada por um bananal quase sem fim, pelo menos é o que pensei, daí para frente são encontradas poucas casas, o que não é bom ir sozinho (mas eu fui). Passando também por um Sambaqui tombado pelo patrimônio natural de Joinville. Área bonita e com valor histórico imensurável.


Passados os restos arqueológicos, a rua faz uma curva a esquerda seguindo outro cenário lindo, agora margeando o Rio Cubatão Novo, rio este criado pelo homem é um extenso canal aberto para evitar a inundação do bairro, este é um desvio do Rio Cubatão lá em cima, próximo a Rodovia BR 101 na barragem, depois de alguns quilômetros os dois se unem novamente e vão para o mar. Em imagem do Google Earth dá pra ter uma noção do que é criado pelo homem e o que é natural. Em vermelho em linha reta o Rio Cubatão Novo e em azul o Rio Cubatão serpenteando os obstáculos naturais da região.

Mais uma paradinha pra foto, outra ponte pênsil, porém esta não é necessário atravessar, mas vale como um ponto de referência para descanso. 


Seguimos em frente curtindo o campo, a natureza o sítio, só o que estragou foi o forte odor de excrementos dos animais, mesmo depois do banho parecia impregnado em mim. Nesta área encontra-se produtores de pequenos rebanhos bovinos. Segundo dados do IBGE o rebanho bovino do Brasil em 2009 era de 205.292.000 bois contra 190.732.694 habitantes (2010), isto dá 1,077 boi para cada habitante, tenho que buscar um boi pra mim porque com não tenho nenhum.

O bom de pedalar na área rural é a simpatia dos nativos locais, sempre que encontro uma alma vivente cumprimento erguendo a mão, no que sou retribuído simpaticamente com um “opa”, opa para o senhor também. Logo se chega a pequenos agricultores, uma paisagem bela de seus campos verdes e seus ranchos para guardar seu ferramental.




Devido ao grande período de estiagem em Joinville, havia muita poeira. Nem é necessário dizer que comi grande parte dela.


Apesar de não curtir muito seu gênero musical, neste momento me lembrei da Ivete Sangalo.

Seguindo esta rua passaremos novamente pelo rio Cubatão, agora na ponte baixa, nesta área o rio é mais limpo e o local é um excelente convite para um banho.
Por inúmeras vezes a água carregou esta ponte, mas aí está ela, agora um pouco mais alta e com base de concreto.
Neste local (em plano de fundo) se situa a Estação de Tratamento de Efluentes Líquidos da Indústria Dohler, uma das principais malharias do Brasil.
Meio quilômetro à frente chega na Estrada da Ilha, rua asfaltada muito freqüentada por bikers por ter uma extensão considerável começa no Jardim Sofia e termina em Pirabeiraba. Daí pra frente a área urbana já conhecida por muitos a Avenida Santos Dumont, local de intenso tráfego, rua mal sinalizada e acostamento ruim, já foi muito utilizada por ciclistas, porém hoje só se usa o necessário para ir a outros lugares, no término deste trajeto tem dois morros, mesmo cansado se sobe tranquilo. Deixo como sugestão fazer o circuito ao contrário. Estendi um pouco o pedal porque no meio do passeio recebi uma ligação do meu irmão me convidando para um churrasco, o qual aceitei de prontidão. Então desci até próximo ao aeroporto, até a casa do Lediel, após o almoço fui pra casa. Fazendo um percurso total de 29 KM.

Abraços, até a próxima

Jedson