domingo, 16 de dezembro de 2018

Palmital

Depois de uma centena de dias afastado dos pedais já estava mais que na hora de voltar, a ausência do querido esporte não aconteceu por decisão própria, mas por uma ironia do destino, as vezes ele nos prega algumas peças, mas no final nos deixa sempre uma lição. No dia 09 de Agosto estava num treino noturno do Grupo Jedbike que ocorre às quintas feiras e por um descuido ao cair uma garrafinha da bike, passei por cima de uma tartaruguinha da rua, na hora o guidão virou e fui arremessado por cima da bike, em milésimos de segundo já estava rolando pelo chão. Na hora já senti o ombro esquerdo e logo o bombeiro que fez o atendimento também constatou que tinha um problema, além da dor estava com uma elevação na parte superior. Ao chegar no hospital foi comprovado o diagnóstico luxação de grau 2 do acromioclavicular, lá se vai 30 dias com tipóia imobilizadora e mais umas dezenas de sessões de fisioterapia e a parte mais difícil o repouso.
Depois de 4 meses o médico autorizou o meu retorno para a vida rotineira, com poucos momentos de dores, voltei às atividades normais, e na última semana voltei aos pequenos treinos de 30 a 40 km e com isso me senti seguro a fazer um pedal um pouco maior. Então resolvi enfrentar o Palmital, é um roteiro bom, com poucos morros, estrada de chão e um bom contato com a natureza. Passei na casa do meu tio Elias que por coincidência também caiu de bike e também teve luxação no ombro, só que o direito. Ambos com o ombro "bichado" pegamos a primeira balsa às 06:00 horas pra evitar sofrer muito com o calor que tem sido forte ultimamente na terrinha. 



O calor começou cedo, já nos primeiros raios do sol, fizemos um pedal com pouca parada, a oficial pra lanche seria no antigo Baharas, um lanche e umas fotos e logo já pegamos o caminho de volta. 



Priorizamos os entradões de terra, pra testar os ombros, chegando no Rio Bonito tocamos pelo caminho curto, algumas doses de poeira na garganta e já chegamos na estrada da ilha.




O ombro atendeu bem, com um pequeno desconforto, o que senti mais foi o cansaço mesmo, dizem que o corpo tem memórias e busca a melhor performance, o meu acho que teve amnésia, foi sofrido, cansei bem mais que o esperado, cheguei em casa às 10:00 horas, fiquei feliz com o resultado e com o pedal, é muito bom estar de volta e poder sentir a liberdade que a bike pode nos proporcionar, foram 80 km com sensação de 200, aos poucos vou fortalecendo e logo poderei recuperar o tempo perdido e os pedais que não pude participar. Abraços e até a próxima aventura.