Recebi um convite do Cemim do Pedal sem Rotina pra pedalar em grupo no ultimo sábado. Dizem que convite não se nega, ainda mais se tratando de pedal. Me juntei a mais 34 ciclistas que aceitaram o convite. A equipe Jedbike e o Pedal das Gatas apoiando o Sem Rotina que virou um grupo só. Saímos do pórtico em direção à Guaramirim.
O professor Cemim tocou o bonde, paramos no posto Bruderthal já nas terras Guaramirenses, onde comemos o melhor pão com bolinho da região e ainda encomendamos uma meia duzia cada um pra volta.
Pegamos a região rural de Guaramirim chamada de Guamiranga, passamos por plantações de banana, mais banana, muito mais banana, já falei que tinha bananas? Pois é, fiquei com o cheiro delas impregnado nas roupas. Salvo os exageros, a região norte de Santa Catarina é realmente um forte produtor de bananas (segundo o IBGE, a produção de bananas dessa região abriga 12,5 mil hectares, o que corresponde, a 2% da área total de bananas do Brasil).
Outro ponto de grande magnitude é a Praça Serafim José dos Santos que abriga a figueira Centenária, os ramos da figueira já tomam a maior parte da Praça, abrigando vários ninhos de pássaros, num instinto fraterno demos as mão e abraçamos a velha árvore. Acho que foi descoberto o motivo dela ser tão grande. É que alguns humanos desprovidos de qualquer senso de etiqueta e educação se abrigam entre as altas raízes pra fazer suas necessidades fisiológicas, ou seja aquilo que tem na cabeça. Em certos pontos o cheiro era insuportável.
Depois seguimos pela estrada Guamiranga, atravessamos a ponte de concreto e seguimos costeando o Rio Itapocú pela Estrada Bananal do Sul, falei que aqui tudo é banana. Por falar nisso, nessa região ninguém passa fome, a não ser, que não tenha a mesma sorte que a nossa. No decorrer do caminho, encontramos um cacho de banana madura, foi cortado e deixado do lado da rua. Não pensamos muito, visto que isto não tem valor comercial, a colheita da fruta se dá ainda verde. O produtor cortou e deixou ali à disposição pra qualquer ciclista esfomeado que encontrasse.
Depois atravessamos novamente o Rio Itapocú, agora com nível hard, pela ponte pênsil. Balançava mais que a Ponte do Rio que cai do Faustão (só quem nasceu em 1980 vai lembrar disso). Seguimos até a região do salto. Mas pra infelicidade da geral o bar que fica no local estava fechado juntamente com o acesso ao Salto. Uma pena que só ouvimos o barulho da água.
O retorno foi com frio e com escuridão e alguns pegas com uns cachorros que insistiam em manter seus territórios que demarcaram com muito esforço, correndo e expulsando qualquer metido a ciclista que ousasse invadir sua área. Nem é preciso dizer que depois a risada é generalizada. Claro que só depois de restabelecer a respiração kkkk. Seguimos pelo mesmo caminho com a sensação de que o pão com bolinho estava prestes a acabar. Com o devido consentimento do professor, eu o Ivonei e o Dionei demos um sprint pra garantir que a encomenda fosse realizada. A galera invadiu a loja de conveniência do posto, não sobrou um pão com bolinho sequer. Depois de abastecidos e muito mais pesados do que chegamos, resolvemos sair. Ainda tinha os últimos 25 km, o qual percorremos preguiçosamente. Nesse pedal eu tive o fortúnio do roteiro ser perto do barraco, então fui o primeiro a chegar em casa, fechando a trip com 93,9 km rodados em ótima cia, em um dia muito divertido, mais um dia perfeito.
Abraços e até a próxima aventura, e torcer pra sair o cheiro de banana da roupa.
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