domingo, 10 de janeiro de 2016

Pedal de Níver: Palmital e Saí Mirim

Recebi umas propostas indecentes dos meus amigos nas vésperas de meu níver. Pedalar no dia do aniversário, dizem as más línguas, ajuda na saúde física do ciclista, nos outros dias também. Fiz uma contraproposta pra um pedal mais curto, mas não consegui convencer essa galerinha que gosta de acordar cedo e fazer um pedal de 3 dígitos de distância. Nos encontramos ainda escuro na Milium do iririú e depois partimos pro shopping pra agregar mais ciclistas, agora o grupelho continha 9 pessoas. O destino do dia era a região de Palmital em Garuva. Quando chegamos no posto Rudinick o dia estava amanhecendo, nessa hora já havia prenúncios de um dia quente, porém sem sol.

Da esquerda pra direita, eu, Alessandro, Giovani, Rosaine, Valdecir, Clóvis, Eduardo, Bruno e Viviane.
Seguimos pelo interior do Rio Bonito até a estrada Palmeiras, onde começou a brincadeira de verdade, estradão, área rural longe do trânsito, ideal pra pedalar e bater papo com os amigos. 




Às margens do Rio Palmital, paramos pra tomar um café um uma bodega bem simples, daquelas que pararam no tempo, do tempo em que dava pra confiar em pessoas estranhas, digo isso porque pedimos café, a moça nos entregou uma garrafa térmica, cada um se serviu e depois na hora de pagar ela perguntou quantos copos cada um tomou e então cobrou por aquilo que cada um falou. Esse fato gerou muita admiração.
Pedalamos mais um pouco até região do Baharas paramos pra comprar água e cogitamos em alterar o percurso. À esquerda levaria a uma região de morros, chegando na SC 415 em Itapoá, depois passaria por Saí Mirim com a serra de mesmo nome, saindo na Vila da Glória depois na Vigorelli. Se fosse reto logo estaria na Vigorelli. Jogamos a ideia no ar, e como somos cavalheiros, deixamos as damas decidirem o roteiro. Claro que elas não conheciam a região, caso contrário não teriam feito esta escolha. Fomos para os morros. 

Galera debatendo sobre a alteração de roteiro.






Logo em seguida tem a primeira elevação, um morro com pedras soltas, principalmente nas curvas da descida. Saímos na SC 415 em Itapoá, mais uns km na frente e vimos a placa de divisa de município, voltamos pra Garuva, depois já em Saí Mirim, localidade pertencente à São Francisco do Sul. As divisas municipais se misturam com a beleza da região. Não importa se está em uma cidade ou outra, pedalar por lá é muito bom.




Paramos em um mercadinho pra comprar água, a senhora que nos atendeu disse pra procurarmos uma cachoeira que ficava a beira da serra, era só descer uma trilha. Ficava depois da cachoeira do Casarão. Resolvemos procurar.




Enquanto paramos pra reagrupar vimos a vaca ir pro brejo, literalmente, um pequeno rebanho de bovinos, desceu o lamacento pasto e se embrenhou pela passagem a baixo da rodovia. Nisso, o proprietário das vacas, tomado de curiosidade, veio até a sombra conversar conosco. 



Deste ponto em diante tem um pequeno sobe e desce e quando chega na estação da Cia de água começa a Serrinha do Saí Mirim. Estrada de terra com algumas curvas e forte inclinação em alguns pontos. Paramos no local indicado pela senhora do mercado, descemos a trilha, muito escorregadia e difícil de descer. Não encontramos nada além de um pequeno córrego que descia entre as pedras. Sorte a do restante do pessoal que ficaram lá em cima, descemos o Eduardo, Valdecir e eu. Mas aventura é isso mesmo, corremos o risco, se não tivéssemos descido, não saberíamos o que tinha lá em baixo.




Subimos e descemos a Serrinha e chegamos na Vila da Glória, paramos numa barraquinha ao lado do trapiche, abastecemos de água de côco e caldo de cana. O caldo fez efeito, energia extra pra galera que veio forte no trecho de asfalto até a vigorelli. Quando chegamos no píer a balsa estava manobrando pra sair. Como o Giovani sabia que eu tinha compromisso, sugeriu que eu atravessasse naquela balsa, ele esperaria o resto da turma que ficou pra trás, nessa travessia veio eu, Eduardo, Valdecir e Clóvis. Terminamos o pedal, cada um foi pra sua casa com mais um monte de histórias pra contar. Eu fiquei feliz em ter essa turma no dia do meu niver e pedalar por regiões tão bacanas. Agradeço a todos pela parceria e amizade. Mais um pedal pra conta com 110 km com desafios e superação. 

Abraços e até a próxima aventura.






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