domingo, 17 de janeiro de 2016

Rio do Júlio ao Contrário com 4 Estações do Ano no Mesmo Dia

Com as temperaturas subindo mais que a gasolina, decidimos retornar oficialmente aos pedais de 2016. A proposta de subir o Rio do Júlio e tomar banho em cima da serra foi descartada no decorrer do dia ao mesmo tempo em que o grupelho escalava a montanha. Algumas horas antes o grupo se encontrou no pórtico da Expoville às 05:00 da matina. A formação composta por (em pé seu Antônio, Ernandes, Itamar, Fabiano, Fabiane, Valdecir, Fernando e Cleber), (na frente De Luca, Ivonei, Eduardo, Valdecir Antônio e Jedson).


O seu Antônio do blog http://melhoridade.odois.org/ nos acompanhou até Schroeder, ele tinha um compromisso cedo e não poderia nos acompanhar durante todo o roteiro, subimos juntos a Serra das Duas Mamas, tomamos um café no posto Mimi e depois de ouvir vários relatos de suas viagens nos despedimos, 


Após o café partimos para o grande desafio, subir o Rio do Júlio, alguns ainda não conheciam, outros nunca tinham feito no sentido contrário, pra mim este é o melhor roteiro.  De cara encontramos o temível paredão, a montanha amedronta com sua primeira subida, muitas pedras soltas, não dava pra pedalar em pé porque derrapava, o jeito é ir girando e tentando se equilibrar em cima da bike. De todas as vezes que subi, essa foi a primeira vez que encontrei tantas pedras soltas.







Paramos no rio que atravessa a rua, enchemos a garrafinhas de água, ficamos um pouco descalço com os pés no rio, depois continuamos a subida, dali pra frente já não são tão íngremes. Logo em seguida a chuva deu o ar da graça, e nos acompanhou por um bom trecho, a temperatura caiu drasticamente, mudando nossos planos iniciais de cair na água. Quando chegou na clareira, que marca o fim dos 11 km de subida o frio era ainda pior, passamos pelas quatro estações do ano no mesmo dia, a pior delas estávamos enfrentando, a sensação térmica de bater o queixo, o problema viria a seguir, dali pra frente começa a descida, descemos bem devagar pra evitar que o vento frio congelasse o esqueleto.






Logo chegou a represa, fizemos uma paradinha pra foto e pegar água na torneira, depois seguimos pra igreja da colina, local de almoço. Em cima da colina o frio era ainda mais intenso. Depois no lanche a chuva parou, a temperatura foi voltando a níveis suportáveis. 








Depois é só se preparar pras ultimas subidas que também são bem fortes. Chegamos na Rodovia, reagrupamos, descansamos um pouco e partimos pra ultima etapa, a descida da Serra Dona Francisca, mas antes uma paradinha no Quiosque de Caldo de Cana, o local tem a melhor empada de palmito da região serrana e nada mais. Nem o insistentes pedidos de café do Eduardo convenceram o velhinho servir a bebida no local. O negócio é mandar ver no caldo de cana e no salgado que é quase uma especiaria.


Nesta parte da serra o sol voltou com tudo, nem parecia que havia chovido na região, o problema é que tudo estava seco, e nós todos sem exceção, totalmente emporcalhados. Descemos a serra com muito cuidado, tinha dois acidentes na descida depois do mirante, pelo que vimos um acidente causou outro devido a fila que gerou, mesmo com a presença de duas ambulância no local, acho que não foi nada muito grave. Chegamos em Pirabeiraba com as temperaturas nas alturas, paramos em um boteco pra tomar uma Coca mega gelada, e juntar energia para os últimos kms. Cheguei em casa e entrei com roupa e tudo no chuveiro, pra tirar o maior e depois deixar a máquina fazer o resto. Minha esposa como sempre ouviu minhas histórias por um bom tempo. Agradeço a todos que aceitaram o desafio, foi um belo pedal, radicalizamos nos extremos do frio e calor, Mas amigo é pra essas coisas, se é pra sofrer que seja em boa Cia. Mais 120 km pra conta.

Abraços e até a próxima aventura.

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