segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Volta do Litoral Norte

Fomos surpreendidos pela previsão do tempo, em um determinado site trazia a otimista notícia que choveria apenas 2 mm na manhã e a tarde seria sem chuva. Isto veio a calhar já que tínhamos marcado o pedal há uma dúzia de dias. A cicloviagem que ocorreu no primeiro dia no mês mostrou-se um dos pedais mais molhados que tivemos. Ao contrário do que previa o sisteme de meteorologia choveu pacas. Vinte bikers confirmaram presença, mas o número foi diminuindo no decorrer da semana, fechando em um pequeno grupo de cinco ciclistas (Itamar, Fabiana, Daiane, Ivonei e eu) na hora e local designado pra largada. Saímos de Joinville às 06:00 da úmida manhã, ainda não estava chovendo. Partimos para São Francisco do Sul pela Rodovia BR 280 até a entrada da Praia do Ervino. Fizemos Praia do Ervino, Praia Grande, Prainha, Enseada, Ubatuba, Itaguaçu, Subida do Morro do Forte, Laranjeiras, travessia de Ferry Boat até a Vila da Glória, travessia de outro Ferry Boat até a Vigorelli e depois casa.








Ao entrar na estrada do Ervino encontramos o trem que margeava a rua, acompanhamos a composição e logo paramos pra cruzar o trilho. Mais uns dez km  pela bela estrada asfaltada e chegamos na praia do Ervino, até aqui é um terço da trip, e também a parte mais fácil. Depois seguimos pela Avenida Atlântica, que percorre quase 20 km de estradão de areia solta, buracos e costelas de vaca. Por sorte patrolaram recentemente e a chuva assentou  a areia, como passou alguns carros ficou um trilho firme que dava pra pedalar de boa. Qualquer um que se arriscava sair do Single Track corria o risco de derrapar e cair, o que aconteceu com dois colegas.







Fofo de Itamar




Chegamos na prainha com um revesamento de tira e põe a capa de chuva. Fizemos uma parada rápida pra fotos, e revisão do roteiro e cronograma, como a estrada anterior estava boa, chegamos adiantado no local. A galera já demonstrava que estavam com fome, mas ainda tinha que atravessar toda a orla da Enseada pra chegar em Ubatuba pra então almoçar no Harry Restaurante, onde o seu Gerson já nos esperava com um delicioso almoço.



 foto de Itamar


Enquanto o quinteto enchia a pança e elogiava o delicioso almoço, a chuva veio com tudo dando indícios que agora veio pra ficar. Vestimos as sujas capas de chuva e encaramos a orla da praia de Ubatuba saindo na Praia de Itaguaçu, um local muito bonito. Mesmo com chuva. O que estragou foi o paralelepípedo que fazia todo o corpo trepidar.


 Ao final da praia pegamos uma rua a esquerda e saímos bem na entrada do Forte Marechal Luz. Fundado em 1890 com o objetivo de proteger a costas das invasões, conta com um museu de armas, com canhões e demais peças de artilharia.

















Foto de Itamar.

Descemos o morro com muito cuidado pois estava muito escorregadio. O grupo resolveu alterar o trajeto. Ao invés de passar pelo centro histórico entramos para região de Laranjeiras, No final da Estrada é a baía da babitonga, a travessia é feita por um Ferry Boat e dura uns 40 minutos passando entre algumas ilhas. Ao entrar na balsa, não pudemos evitar os olhares assustados e curiosos dos passageiros, sem disfarçar nos olharam sem acreditar no que viam. Cinco ciclistas cobertos de lama, com suas emporcalhadas bikes e ainda por cima super felizes. Nos divertimos com as caras que faziam. 



Aproveitei pra tirar um cochilo e o Itamar resolveu pagar todas as vezes que eu zoei ele, e tirou esta foto. Acordei a tempo de conter a zoação, vai saber qual era a intenção do distinto ciclista....

Foto de Itamar
Com o desvio de rota ganhamos tempo e não ficamos expostos na BR 280, que além dos perigos da estrada, o acostamento ruim, sempre tem o vento contra. Se na ida estava a nosso favor no retorno com certeza bateria no nosso peito.
Atravessamos a primeira balsa e saímos na Região de Vila da Glória distrito de São Francisco do Sul. Seguimos a até o Gibraltar pra pegar a segunda balsa até a Vigorelli já em terras Joinvilenses. Quando chegamos no píer a balsa tinha saído fazia poucos minutos, o que nos fez esperar meia hora, expostos à chuva e o corpo esfriou a ponto de bater o queixo. 
Próximo ao aeroporto deixei o grupo e peguei um atalho pra minha casa, ainda faltavam uns 10 km.


Fizemos a foto de despedia e parti, só pensava em um chuveiro quente e trocar minhas roupas imundas por roupas secas. Fechei com 135 km a proposta inicial era 150, acho que ninguém ficou dando voltinhas na quadra pra arredondar. hehe. Mas valeu. Foi um pedal muito divertido, quem não foi perdeu, Agradeço ao Itamar, a Fabiana, a Daiane e ao Ivonei pela parceria. Nos veremos em outros pedais, espero que seja sem chuva.

Abraços e até a próxima aventura.

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