domingo, 9 de agosto de 2015

Palmital, Saí Mirim e Vila da Glória

Mais um pouquinho na cama e teria mudado de ideia, fazia tempo que não pedalava sozinho, depois de umas duas viradas no templo da preguiça pulei da cama antes de ser vencido por ela. Coloquei o pé no chão frio em busca de meu chinelo, foi o suficiente pra me despertar de vez, agora fora da cama não volto mais pra lá. Não tinha mais jeito, o negócio era pedalar. Como o fim de semana era dia dos Pais, o negócio era conciliar pedal e comemoração. Parti às 06:30 horas pra Vila da Glória pra visitar meu pai. Entre tantas opções de caminho escolhi o mais difícil. Sai de Joinville, passei por Garuva, Itapoá e por fim a Vila. O dia não estava me convencendo que seria um belo dia de pedal, as nuvens carregadas indicavam que poderia chover e eu já prevendo minha desculpa pra voltar pra cama, mas aos poucos fui me acostumando com a ideia de que uma aguinha no lombo não faz mal pra ninguém, mas mesmo assim fiquei feliz por não ter chovido.









Pra chegar a Garuva e Palmital queria fugir de transito, segui pelo interior, Estrada da Ilha, Estrada Timbé, Estrada do Oeste, Estrada da Fazenda, Caminho Curto, Estrada Palmeira, Estrada Rio Cupim e Estrada Palmital. Cada Estrada dessa é possível percorrer um bom trecho. Em outras oportunidades já havia feito o Palmital, neste pedal incrementei umas subidas, uma na estrada Baraharas e outra a Serrinha do Saí Mirim.






 Alguém se habilita?

Chegando na região do Palmital me deparei com o asfalto, surpreso segui um trecho por ele, mas logo em seguida passei pra estrada antiga, no traçado de terra, depois retorna pro asfalto.




Acabei seguindo umas placas de pousadas de pesca, e acabei me perdendo da rota, fui até o final da estrada onde cheguei no rio Palmital, constatado o erro, mas pra não perder viagem posei pra mais uma foto.




O engano não gerou um grande esforço, o trajeto de ida e volta foi de 2 km. Retornei pra rota e torci pra não me perder mais, logo na frente viria um trecho desconhecido por mim. Segui até o bar Baraharas, entrei no estabelecimento e percebi o espanto na cara dos bebuns, ao ver esta criatura de roupinhas estranhas, comprei um achocolatado e fiz meu lanche com pão que tinha levado.






No bar peguei a esquerda onde logo encontrei a subida com uma elevação de 90 metros, e eu curtindo muito tudo isso. Gostaria que meus amigos estivessem aqui comigo pra sofrer junto, mas cada um tinha seus compromissos, e também não gostaram da ideia de voltar sozinho da Vila da Glória, já que eu iria ficar lá e voltar no domingo. Da estrada dava pra ver uma rodovia quase paralela, tentando me localizar e percebi que a estrada que eu estava terminaria nela, e vi que era a SC 415 a rodovia que dá acesso ao porto de Itapoá, logo na frente vi a placa de divisa de municípios Garuva e Itapoá, isso deixou o meu senso de orientação ainda mais confuso. 




Pela rota traçada no App Strava não lembrava de quanto tempo andaria pela Rodovia, já estava quase mudando o trajeto pensando em ir até o porto, quando vi a placa do Saí Mirim, voltei pro estradão comer mais poeira, já estava me sentindo um empanado com suor e poeira. Dessa região só conhecia a parte da Cachoeira do Casarão pra frente, até lá passei por uma subidinhas leves. 





Meu senso de direção começou a se orientar melhor, agora já estou em São Francisco do Sul, depois de belas paisagens cheguei na placa que indica a Cachoeira do Casarão, já estive aqui três vezes, daqui pra frente já conheço bem a região, e sabia que o pior estava por vir. A serrinha do Saí Mirim tem elevação 172 metros e uma boa  inclinação, não é o Creu mas tem que ter disposição.





Cheguei no topo, uma paradinha pra restabelecer a respiração e me preparar pra descida, tinha muitas pedras soltas, esquentei os discos de tanto frear. Cheguei na Vila da Glória e dei uma passadinha rápida na casa do seu Carlos sogro do Douglas, amigo de pedaladas, o Douglas também estava por lá, batemos um papo, e segui pra casa do pai mais uns dois km pra frente, tava ansioso por um banho e a fome também estava pegando. 


Só aqui pra ver uma cena assim.


Cheguei em casa dei um abraço no velho e fui tirar a craca do corpo. À tarde pesquei siri, com o cunha Maycon e o novo amigo Ricardo, depois minha esposa chegou de carro com as crianças. No domingo de manhã coloquei a bike no carro e de volta pra minha terra. Esse pedal foi bem cansativo, tava afim de puxar e não tinha a mínima intensão de baixar a velocidade, mesmo quando as pernas doíam, tava a tempo com vontade de fazer isso. Mantive uma média de 21,2 km/h e mais 84,6 km de pedal, nem quis rodar umas centenas de metros a mais pra arredondar.

Abraços e até a próxima aventura.


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