terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

Rio do Julio

Por mais que tentamos lutar contra o calor é quase impossível vencê-lo, ainda mais se você estiver exposto ao asfalto quente de uma serra. Aí o bicho pega. Também pudera, inventamos de marcar um pedal para sábado à tarde, calma ainda não estamos loucos, tudo tem explicação, ou não. O que passa na cabeça de um ser em marcar um pedal pras 14:00 horas, com o objetivo de subir a serra e chegar em Campo Alegre, não foi atoa que a empreitada não obteve o sucesso almejado, sorte a nossa que no meio do caminho tinha o Rio do Júlio, que já virou roteiro coringa, se o pedal não der certo, faz o Rio do Júlio, se está sem criatividade pra pedalar, faz Rio do Júlio, frio, calor, chuva, sol, nevoeiro, nevasca, chuva de pedras ou fogo, brigou com a mulher, precisa pensar, tudo pede Rio do Julio, foi o que fizemos.
Formando um sexteto (Eu, Lu, Wilson, Kiko, Sid e Canela), saímos pontualmente às duas e pouco de Pira por causa do Mr Canela que perambulava de moto por lugares alheios ao nosso interesse. Vai saber por onde esse moleque se meteu, quase que trouxe o escapamento da moto nas costas. Deu umas explicações não muito convincentes, mas decidimos não duvidar do amigo e partimos pro que nos motivou a chegar ali, um belo pedal num lindo sábado de sol, aliás, muito sol, bem mais do que gostaríamos. Já nos primeiros km's rodados chegamos ao pé da serra, e o calor precedeu a subida, achando que lá em cima encontraria climas mais amistosos, incentivei a galera a continuar, me arrependi depois dos quase 40º C. no lombo e nada do frescor serrano. Decidimos agrupar em frente ao mirante numa sombra convidativa.


De tão fresca que estava a sombra, prolongamos nossa permanência ali por quase uma hora, na verdade neste local a galera já havia descartado a possibilidade de fazer Campo Alegre, consegui convencer o pessoal pra subir um pouco mais e chegar no Nono da Empada no alto da serra, tive sucesso e enquanto a galera subia ainda mais um pouco pensei e continuar insistindo, quem sabe rola mais pedal, porém o povo decidiu parar por ali, entendo que o clima arruinou os projetos, mas o plano B estava de pé, e eu quase abandonei também. Mas o Kiko tomou uma overdose de Redbull com café e outras coisas que não vem ao caso no momento, estava tão elétrico querendo fazer o Rio do Julio sozinho mesmo, acabou me convencendo e depois o Sid, o grupo se dividiu, voltaram o Canela, a Lu e o Wilson. Eu o Kiko e o Sid nos embrenhamos no meu roteiro queridinho, o clima melhorou consideravelmente quando entramos na estrada de chão, ali o ar condicionado natural está sempre ligado, também já passavam das 17:45 horas.


Depois de uns sobe e desce chegamos na igreja, local que o Sid curtiu, já foi outras vezes no Rio do Julio mas não conhecia a igreja. Fizemos uma parada rápida e partimos.












Curtindo os últimos raios de sol na serra, logo o clima mudou, quando saímos do Posto Mime no centro de Xereta, preparamos nosso psique pra enfrentar uma chuvinha que se anunciava desde o mirante do Rio do Julio, o asfalto estava molhado, mas não passou de uns pingos, subimos a serra Canivete no maior breu, perdemos o Kiko, o coquetel que tomou fez ele disparar, o Sid estava com mal contato no farol, então pegou carona no meu, e subidos despreocupados com tempo, o calor da subida minou nossas energias, só queria chegar em casa. E enfim depois de 120 km regressei pra casa, com ódio do Rio do Julio, mas pensando em retornar lá tão logo quanto possível (foi a segunda vez esse ano). Agradeço a galerinha que compareceu, mesmo não fazendo o roteiro original, sabemos da dificuldade de se pedalar naquelas condições, temos a certeza que são grandes atletas e que tem o meu respeito. Agradeço ao Kiko e ao Sid que continuaram a louca trip, na próxima vou confiscar a garrafinha do Kiko e enviar pra análise. Abraços e até a próxima aventura.

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