quarta-feira, 12 de abril de 2017

Rio do Julio ao Contrário

Não que eu tenha um demasiado apreço por madrugadas chuvosas pra pedalar, mas convenhamos que ultimamente tem chovido demais, e pra não mofar em casa saímos assim mesmo. A previsão de tempo do sábado nos pregou uma peça dizendo que choveria só à tarde, porém, choveu desde a largada no pórtico até o final do pedal. Desconfio que o Sérgio Malandro esteja fazendo bicos no serviço meteorológico, e no final do pedal só se ouve o ieié, saiu pra pedalar e se deu mal. Apesar de minhas desconfianças os sites foram unânimes em dizer que choveria 2 mm à tarde, baseados nessa informação resolvemos manter o cronograma, às 05:00 horas nos encontramos no pórtico da city, confesso que durante o trajeto de casa até o encontro da galera avistei uma dupla de estrelas no céu, o que a turma não me deu nenhum crédito, visto que logo caiu a água. Tivemos uma baixa, o Canela enviou uma mensagem dizendo que perdeu a hora e não iria mais, na malandragem viu que estava chovendo e abortou. Decidimos partir, pois tinha um longo caminho pela frente. O projeto original do pedal consistia em subir até Corupá e desvendar os mistérios do Rio Mandioca e da Estrada Saraiva, saindo em São Bento do Sul. Porém tivemos uma alteração drástica no roteiro.




O sexteto fantástico formado por Jed, Luciane, Wilson, Wagner, Ivonei e Madeira ficou deveras desapontado com o clima de chuva que não dava trégua, chegando em Jaraguá do Sul na esperança de avistar os morros ao redor da cidade, nada se via, a não ser, a cortina branca no céu. Então fizemos uma reunião pra rever o roteiro e a possibilidade de alteração. Foi cogitada a Volta do Norte, porém logo descartada em virtude do frio que seria na serra, outra possibilidade foi o Rio Manso, que também não recebeu muitos votos. No entanto quando falamos no nome do Rio do Julio, brilhou os olhos, é um pedal legal, com uma dose de desafio compatível com o clima e também está mais perto de casa, a decisão foi bem aceita e como o acesso à Schroeder estava perto só voltamos uns metros. 
Passamos no posto Mime pra comprar os provisionamentos e logo partimos em busca do estradão e dos 11 km de subidas. Antes mesmo de chegar na estrada de chão, nossas emporcalhadas roupas já estavam batizadas. 




Subimos até a cachoeira e paramos pra reagrupar. A chuva dava umas pequenas tréguas e logo voltava, porém a estrada estava boa, já passei por lá em condições bem piores.







Mais adiante chegando na represa do Rio Do Júlio, fomos presenteados por algo pouco visto por nós, eu particularmente vi isso duas vezes e os outros foi a primeira. Devido às chuvas a represa atingiu o nível máximo de água e as comportas foram abertas, formando uma linda cachoeira no paredão da represa. 




Fizemos a tradicional parada pra almoço na igreja da colina, e aproveitamos pra dar um trato nas correntes que já estavam barulhando de tanta lama e sujeira. 






Dalí pra frente é só subir o Morro da Paciência e chegar na Rodovia, mais algumas subidinhas e então soltar serra abaixo.



Na serra a chuva voltou, porém não estava frio, já em Pirabeiraba resolvemos trolar o Canela,e fomos todos na sua casa, porém o carinha foi mais esperto e saiu antes de chegarmos, tiramos uma foto cobrando o café e enviamos pro zap dele, depois cada um seguiu o seu destino. Apesar de ter encurtado bastante o roteiro, este pedal rendeu 140 km, e também muita diversão e superação com os amigos.



Abraços e até a próxima aventura.


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