segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Subida do Rio Manso

Inspirado a fazer um pedal sabatino desafiador encontrei meia dúzia de ciclistas para tal aventura. O desafio inicial seria o Rio do Júlio, porém conversando com o Cleber na sexta feira a noite, cogitamos alterar o roteiro, no entanto, só seria decidido no dia seguinte. Quando chegamos no local de encontro no Pórtico da city, vimos um pessoal saindo de van para o mesmo destino, porém eles iriam descer, preocupados que poderíamos nos esbarrar pelo caminho em direção contrária, resolvemos expor nossa idéia ao grupelho. Claro que a aceitação foi temerosa, uma vez que Rio do Manso é mais desafiador que Rio do Júlio, mas a curiosidade pelo desconhecido fez a galera topar de boa. Sabe nada inocente... Eu e o Cleber seríamos os guias do grupo, formado por Édio, Oséias, Bruno, Fabiano, Cleber,  Fabiano e eu.


Seguimos pelo interior do Vila Nova em busca da Serra Duas Mamas pra chegar em Schroeder, se é pra subir bora aquecer as pernas. A manhã fria era aquecida pelos primeiros raios de sol, a subida da Serra Duas Mamas desperta um desejo erótico que é chegar nos mamilos, ou seja, no ponto alto da serra, que coincidentemente é a divisa das cidades de Joinville e Schroeder, depois é só descida por um bom trecho. De tão empolgados que estávamos nos esquecemos de tirar fotos desta conquista.




Depois das energias gastas na subida vem o café no posto Mime, parada obrigatória pra repor as energias e também comprar o lanche pra viagem, pois não tem Subway na serra do Rio Manso.




O Oséias nos deixou neste ponto e retornou pela rodovia, fazendo um pedal em carreira solo. O sexteto seguiu em direção às montanhas, passando por Santa Luzia e logo já avistando os paredões de pedras que nos cercariam na sinuosa subida.









A subida é acompanhada por 13 pequenas grutas que representam a Via Crucis. Aqui nesta pedra tem a bica D'água, ultimo ponto de abastecimento free, depois disso só pedindo em alguma das poucas casas ou comprando na cidade. 
Um dos Fabianos me questionou sobre a subida, se faltava muito. Não pude esconder a risadinha irônica e responder que a subida ainda não tinha começado, apesar de ter subido bastante. A estrada seguiu sinuosa entre montanhas subindo sempre, alternando pedras soltas e poeiras. Mas viemos aqui pra pedalar e não vamos reclamar pelas condições da estrada.





Aqui pegamos a direita e fomos em direção à Campo Alegre, a subida deu uma trégua, mas longe de terminar. tem um sobe e desce interminável, diferente do Rio Manso que só sobe, este segundo trecho não deixa o ciclista feliz na descida, pois ele já avista outra subida à frente. 











Mais perto de Campo Alegre e não tão perto do fim das subidas chegamos na região de extração de caolim mais uns 10 km's e chegaríamos na padoca da avenida pra fazer um lanche com a Coca Cola mais gelada e depois o café com leite mais quente, vai entender essa combinação.







 Deixamos a cidade com traços europeus e partimos pra terrinha, já passavam de meia tarde e o tempo estava mudando e ficando frio. Enfrentamos algumas subidas antes de chegar na descida da serra. O cansaço era evidente, pra falar a verdade, não lembrava de tantos morros assim no Rio Manso.



Na entrada do Rio do Júlio já em terras joinvilenses passei por um caco de vidro e o furo do pneu foi inevitável.


O Cleber ajudou a trocar o pneu, e dispensamos os demais, pra alcançá-los na serra. Fizemos a descida, e no cotovelo o Cleber desequilibrou e comprou um terreno, ganhando algumas escoriações na cocha e braço. Ainda no chão o distinto ciclista perguntava sobre o estado da bike, se havia estragado.  Os Fabianos, o Bruno e o Édio estavam preocupados com a demora, então reagrupamos com o Cleber ainda branco com o susto, sorte a dele que era o primeiro a chegar em casa e passar algum remédio no local. Nos despedimos em Pirabeiraba, cada um seguiu preguiçosamente seu destino com o senso de dever cumprido. Apesar do incidente, foi um belo pedal em cia dos amigos com boas risadas e desafio e objetivo atingido. 


Abraços e até a próxima aventura.

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